
Nova Abordagem Integral para Dermatite Atópica: Descubra as Inovações no Tratamento!
O Sistema Único de Saúde (SUS) agora oferece tratamento para dermatite atópica, uma condição crônica que afeta principalmente crianças e provoca inflamações na pele, com lesões e coceira intensa. Recentemente, foram incorporados três novos medicamentos que permitem desde o tratamento inicial até casos mais graves da doença.
Esse avanço foi anunciado pelo Ministério da Saúde, que publicou portarias incluindo duas pomadas — tacrolimo e furoato de mometasona — além do medicamento oral metotrexato. O tacrolimo ajuda a fortalecer a barreira cutânea, tratando lesões em áreas sensíveis sem os efeitos colaterais típicos dos corticosteroides tópicos, como afinamento da pele e maior risco de infecções. Por sua vez, o furoato de mometasona acelera o processo de cicatrização e melhora a adesão ao tratamento, enquanto o metotrexato é eficaz no controle de crises da dermatite atópica grave, reduzindo a necessidade de uso prolongado de corticosteroides sistêmicos.
Recomendados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, esses novos medicamentos são especialmente úteis para pacientes que não podem usar corticosteroides ou que estavam resistentes aos tratamentos anteriores. O metotrexato será indicado para aqueles que não podem fazer uso da ciclosporina, outro medicamento já disponível na rede pública.
Essas inovações visam proporcionar tratamentos mais personalizados, com menos efeitos colaterais e ajustados à gravidade da dermatite. Além disso, o Ministério da Saúde enfatizou a importância de combater os estigmas sociais enfrentados por quem possui lesões visíveis na pele, que podem impactar negativamente a vida social e a qualidade de vida tanto de crianças quanto de adultos.
A dermatite atópica é uma condição não contagiosa, de origem genética, que se caracteriza por coceira intensa e pele seca. Frequentemente, ela afeta áreas de dobras do corpo, como os cotovelos, atrás dos joelhos e o pescoço. Em crianças pequenas, o rosto costuma ser uma área afetada.
Para ter acesso à atenção pública, os pacientes devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Após uma avaliação clínica, será feito o encaminhamento para um especialista, caso seja necessário, garantindo um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Atualmente, o SUS já oferece outras três opções para o tratamento da dermatite atópica: duas pomadas de baixa potência — creme de dexametasona e creme de acetato de hidrocortisona — além da ciclosporina oral para casos mais severos. Entre 2024 e 2025, o sistema público de saúde realizou mais de mil atendimentos hospitalares e mais de 500 mil atendimentos ambulatoriais relacionados à dermatite atópica, incluindo consultas especializadas e exames.
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, prevenir crises, tratar infecções conforme necessário, diminuir os riscos associados às terapias e restaurar a saúde da pele. Em casos leves, muitas vezes, os pacientes alcançam bons resultados com terapias tópicas que incluem o uso de hidratantes, emolientes, ajustes nos hábitos de banho, fototerapia e mudanças comportamentais. Já para formas moderadas e graves, o tratamento pode envolver também medicamentos orais e soluções tópicas.
Essas atualizações no tratamento da dermatite atópica representam um avanço significativo para o SUS, proporcionando opções mais eficazes e seguras para os pacientes.