
Os Cardeais em Destaque: Quem Pode Ser o Próximo Papa?
Edward Pentin, um especialista em assuntos vaticanos, criou o site The College of Cardinals Report, em colaboração com uma equipe de jornalistas e analistas católicos. O site apresenta um perfil abrangente de cardeais em potencial para a sucessão papal, destacando 12 deles como os mais papáveis, sem estabelecer um ranking.
Aqui estão os 12 cardeais mencionados, apresentados em ordem alfabética. Notamos que não há representantes do Brasil ou de outros países sul-americanos. A lista é predominantemente composta por europeus, com algumas indicações de cardeais da Ásia e da África.
1. Anders Arborelius (75 – Suécia)
Arborelius é o bispo de Estocolmo e é admirado pelo Papa Francisco por sua habilidade de diálogo. Defende uma abordagem mais inclusiva em relação aos divorciados, mas se opõe ao diaconato feminino. Foi nomeado cardeal em 2017.
2. Charles Bo (76 – Mianmar)
Arcebispo de Rangoon, Bo é um forte aliado em questões de justiça social e no diálogo inter-religioso. Ele é um crítico aberto das ações da China e foi nomeado cardeal em 2015.
3. Fridolin Ambongo Besungu (65 – República Democrática do Congo)
Como arcebispo de Kinshasa, Ambongo é conhecido por sua postura ambientalista e de resistência ao colonialismo, além de se opor à bênção de casais LGBTQIA+. Sua nomeação como cardeal ocorreu em 2019.
4. Jean-Marc Aveline (66 – França)
Arcebispo de Marselha e nascido na Argélia, Aveline é um defensor fervoroso dos direitos dos imigrantes e é considerado um cardeal próximo ao Papa Francisco. Foi nomeado em 2022.
5. Luis Antonio Tagle (67 – Filipinas)
Tagle, arcebispo emérito de Manila, ocupa um cargo na Cúria Romana como pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Ele é conhecido como o "Francisco asiático" devido às suas ideias sobre ecologia e inclusão, tendo sido nomeado cardeal em 2012.
6. Malcolm Ranjith (77 – Sri Lanka)
Arcebispo de Colombo, Ranjith é uma figura tradicional e conservadora que defende a visão do Papa em relação ao meio ambiente, mas mantém posições rígidas sobre assuntos sociais, como a presença de mulheres no altar. Sua nomeação ocorreu em 2012.
7. Matteo Zuppi (69 – Itália)
Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, é visto como um dos cardeais mais progressistas. Ele tem estado ativo em questões internacionais, incluindo a mediação na Guerra da Ucrânia. Foi nomeado cardeal em 2019.
8. Péter Erdő (72 – Hungria)
Arcebispo de Budapeste, Erdő é visto como um candidato que pode oferecer um contraponto às ideias mais progressistas do Papa. Ele foi nomeado cardeal em 2003.
9. Pierbattista Pizzaballa (59 – Itália)
O mais jovem da lista, Pizzaballa lidera o Patriarcado Latino de Jerusalém, onde mora há mais de 30 anos, conhecendo bem a região e seus desafios. Foi nomeado cardeal em 2023.
10. Pietro Parolin (70 – Itália)
Frequentemente apontado como um forte candidato ao papado, Parolin é o secretário de Estado da Santa Sé e é conhecido por sua postura moderada e aberta a reformas. Ele foi nomeado cardeal em 2014.
11. Robert Sarah (79 – Guiné)
Sarah é visto como um candidato conservador, com um forte foco na oposição a várias políticas do Papa Francisco. Ele é um defensor da tradição católica e foi nomeado cardeal em 2010.
12. Willem Eijk (71 – Holanda)
Arcebispo de Utrecht, Eijk é conhecido por suas posições firme em defesa da vida e sua oposição à eutanásia. Ele também se opõe à bênção de casais homossexuais, sendo nomeado cardeal em 2012.
Com uma gama tão diversificada de candidatos, o futuro do papado poderá ser influenciado por diferentes visões e enfoques, refletindo as complexidades e os desafios da Igreja Católica contemporânea.