
A Justiça de São Paulo estabeleceu um prazo de 15 dias para que o Palmeiras responda a um processo movido pela família de José Victor dos Santos Miranda, que faleceu em 29 de outubro do ano passado. Sua morte foi resultado de uma emboscada entre torcidas organizadas, envolvendo torcedores do time alviverde e da torcida do Cruzeiro.
Seis meses após o incidente, a família de José, composta por seu filho, pai, mãe, irmão, irmã e avós, entrou com um total de seis ações judiciais, que somam cerca de R$ 22 milhões em indenizações. Diante da multiplicidade de processos, o Palmeiras solicitou à Justiça que todas as queixas fossem unificadas em um único processo para facilitar o andamento judicial.
Após um trâmite que durou um pouco mais de seis meses, todas as reclamações foram juntadas, totalizando cerca de duas mil páginas de documentos. Agora, o tribunal pediu que o clube se manifeste a respeito das acusações. O Palmeiras se prepara para apresentar sua defesa, buscando evitar uma possível condenação. O clube não costuma comentar questões judiciais, mas já demonstrou surpresas diante da situação, especialmente porque a atual diretoria tem se distanciado da torcida organizada envolvida.
Leila Pereira, a presidente do Palmeiras, é conhecida por tomar ações contra a organizada, o que leva o clube a acreditar que não deve ser responsabilizado por eventos que ocorrem fora das datas de jogos e em rodovias.
A família de José caracteriza-o como um membro ativo e querido da torcida ‘Máfia Azul’, ressaltando suas qualidades como trabalhador, honesto e generoso. Eles expressam que a forma violenta de sua morte causou imenso sofrimento. O ataque, em que torcedores do Palmeiras teriam agredido José com pedaços de madeira e barras de ferro, também incluiu atos de vandalismo, como a queima de ônibus da torcida adversária, o que ressalta a gravidade da situação.
O desfecho deste caso ainda está por vir, mas a expectativa em torno da defesa do Palmeiras e a resposta da família de José continuam a ser acompanhados de perto.