Um grupo de oito clubes de futebol brasileiro, incluindo Botafogo, Grêmio, Palmeiras e Vasco, decidiu não apoiar publicamente a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), para assumir a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Essa escolha ocorre em um momento de divisão dentro da Libra e da LFU, ligas que reúnem diversos clubes do país.
Esses clubes, ao se desprenderem das ligações formais com essas entidades, buscam uma maior autonomia e renovação no processo eleitoral, especialmente após a destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. O afastamento de Rodrigues foi determinado pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Dentre essas instituições, o Vasco se mostrou favorável à candidatura de Samir Xaud, atual presidente da Federação Roraimense. Apesar de ainda não ter oficializado sua candidatura, Xaud acredita que a saída de Rodrigues abre um espaço para mudanças significativas no futebol brasileiro. Ele enfatiza a necessidade urgente de uma renovação nas práticas e lideranças do esporte.
Em decorrência da decisão da justiça, Fernando Sarney, nomeado interventor da CBF, convocou novas eleições para o dia 25 de maio, com possibilidade de mudanças na data. Os clubes interessados em participar devem registrar suas chapas até o dia 20 de maio.
Ednaldo Rodrigues foi notificado de sua destituição durante um congresso da FIFA no Paraguai. Sua tentativa de reverter a decisão no Supremo Tribunal Federal não teve sucesso. Essa mudança ocorreu em meio a uma investigação sobre alegações de falsificação de assinatura no processo de sua eleição anterior.
Os clubes que se afastaram da Libra incluem Grêmio, Palmeiras, Paysandu, Remo e Volta Redonda, enquanto Botafogo e Vasco romperam com a LFU. Por outro lado, times como Atlético-MG, Flamengo, Corinthians e Cruzeiro, entre outros, assinaram um manifesto em apoio à candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos à presidência da CBF, ressaltando a importância da transparência e do protagonismo dos clubes nas decisões do futebol brasileiro.
Esse manifesto expressa um forte desejo de reformulação. Os clubes defendem que, sem a presença ativa das instituições, o futebol não é viável. Eles destacam a urgência de um novo modelo, onde as decisões não sejam tomadas apenas em escritórios, mas que realmente envolvam os interesses das instituições que mobilizam torcedores e garantem a essência do esporte no Brasil.
A chamada à ação é clara: é necessário que os clubes se unam em torno de um projeto que promova um futebol mais organizado, transparente e digno, onde todos possam contribuir e participar ativamente. A luta é para que as instituições sejam respeitadas e ouvidas, garantindo a paixão ancestral que o futebol desperta em milhões de brasileiros.
