Recentemente, vídeos que circulam nas redes sociais mostraram um torcedor do Palmeiras realizando gestos considerados racistas em direção à torcida do Cerro Porteño, durante uma partida de futebol. Em um desses vídeos, ele faz um gesto com os braços que imita a posição de um macaco. Em outra gravação, outro torcedor é visto fazendo ofensas à torcida rival, sendo identificado por ter utilizado o termo “índio”.
Esses episódios de agressão verbal e gestos racistas não são novos. Em um confronto anterior entre as duas equipes, realizado em março no Paraguai, durante a Libertadores sub-20, o atacante Luighi, de 18 anos, falou sobre a experiência negativa que ele e seus companheiros enfrentaram. Naquela partida, a torcida local também adotou comportamentos que imitam macacos, depreciando os jogadores com comparações ofensivas.
A presidente do Palmeiras manifestou seu descontentamento com a situação, sugerindo que o Cerro Porteño deveria ser punido severamente, inclusive com a possibilidade de desclassificação do torneio. Ela criticou a falta de medidas efetivas por parte da Conmebol, que, em resposta a incidentes semelhantes, impôs até mesmo uma multa que muitos consideraram insatisfatória. O valor das penalidades foi considerado baixo e as ações, como o fechamento de estádios ou campanhas de conscientização nas redes sociais, foram vistas como insuficientes para combater o racismo no esporte.
Esse conjunto de eventos destaca a persistência de comportamentos racistas no futebol, uma questão que afeta não só os jogadores, mas também a integridade do esporte como um todo. A discussão em torno da necessidade de ações mais rigorosas contra o racismo nas arenas esportivas continua a ganhar destaque, refletindo um clamor por um ambiente mais respeitoso e inclusivo para todos os torcedores e atletas.
