Pressão para Derrubar IOF? Hugo Motta Fala Sobre Negociações da Fazenda!
Recentemente, houve um descontentamento por parte do deputado Motta em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em uma conversa no almoço de domingo, Motta expressou à presença de Lula sua insatisfação por não ter havido consultas ao Congresso sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na próxima semana, o Congresso não realizará sessões devido ao Fórum Parlamentar do Brics, que acontecerá em Brasília. Isso torna improvável, embora não impossível, que alguma proposta de decreto legislativo (PDL) seja votada.
Apesar de Motta negar qualquer pressão, há um considerável apoio de vários partidos, especialmente aqueles que fazem parte da base do governo, e do setor privado quanto à revisão do aumento do IOF. Confederações dos setores agropecuário, comercial e industrial, juntamente com 12 frentes parlamentares relacionadas ao setor produtivo, estão demandando a derrubada do aumento. Essa situação é distinta de outras pautas, como a relacionada à anistia, que possuem mais conotações ideológicas.
O deputado Arnaldo Jardim, vice-presidente da Frente Parlamentar do Agro, indicou que a votação do PDL provavelmente ocorrerá na semana do dia 10 de junho. Ele destacou a intenção de discutir com o Ministério da Fazenda após a votação, ressaltando a importância de seguir adiante sem adiar a deliberação.
Por seu lado, o Ministério da Fazenda tem buscado diálogo com diversas entidades. Na manhã de hoje, Haddad se reuniu com presidentes de grandes instituições financeiras. Durante esse encontro, foi abordado o aumento significativo do custo do crédito, que subiu 40%. Participantes da reunião informaram que apresentaram à Fazenda os impactos que essa situação está causando nas empresas e também sugeriram alternativas para melhorar a arrecadação. O ministério se comprometeu a analisar essas propostas.
Entretanto, um membro da Junta de Execução Orçamentária alertou que a arrecadação esperada com o IOF, estimada em 20 bilhões de reais, não pode ser obtida rapidamente, ressaltando os desafios fiscais que o governo enfrenta neste momento.
