Rebelo: ‘Espero um pedido de desculpas de Alexandre de Moraes!’

O ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, manifestou-se recentemente sobre a ameaça de prisão feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Rebelo, que estava prestando depoimento em um caso relacionado a uma tentativa de golpe, afirmou que não se sentiu intimidado pela declaração de Moraes e expressou a expectativa de receber um pedido de desculpas público.

Durante o ocorrido, Moraes e Rebelo protagonizaram um intenso confronto verbal. Rebelo, que atuou como testemunha de defesa do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, defendeu que uma frase atribuída ao almirante sobre colocar tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro não deveria ser interpretada literalmente.

Em suas declarações, Aldo Rebelo ressaltou sua falta de temor em relação a possíveis consequências de suas palavras. Ele lembrou que sua geração enfrentou a repressão durante o regime militar e que, por isso, não se deixaria intimidar. O ex-ministro também criticou o que considera uma “dupla insegurança” no país: a insegurança jurídica que existe entre cidadãos e o Estado, e a insegurança institucional que permeia a relação entre os poderes.

Rebelo recebeu apoio nas redes sociais por parte de políticos próximos a Bolsonaro, embora muitos no governo tenham se mantido em silêncio sobre o assunto. Ele elaborou que sua maior fonte de conforto é sua própria consciência, reafirmando sua determinação em proteger os princípios que considera fundamentais.

Sobre a condução da ação penal em questão, Rebelo criticou o STF ao mencionar algumas decisões que, segundo ele, comprometeram a imagem da Corte perante a democracia e a população. Ele citou exemplos do passado, como a deportação de uma presa política grávida para um campo de concentração nazista e a concessão de habeas corpus a líderes do crime organizado, que causaram constrangimento à Justiça.

Aldo Rebelo também se manifestou sobre a participação das Forças Armadas nas acusações relacionadas a eventos de 8 de janeiro. Ele afirmou que as Forças Armadas são uma instituição confiável e comprometida com os interesses nacionais, argumentando que acusá-las de envolvimento em um golpe seria não apenas injusto, mas também um erro.

A situação atual traz à tona questões sobre a relação entre os poderes no Brasil, a autonomia da Justiça e as responsabilidades das instituições em tempos de grande polarização política. Rebelo continua a atuar no debate público, defendendo que a história e a justiça devem ser cuidadosamente consideradas antes de qualquer julgamento.

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