Recorde de EBITDA: Auren Reduz Alavancagem e Impõe Mudança no Mercado!

A Auren Energia, em seu primeiro trimestre completo após adquirir a AES Brasil, alcançou um marco histórico ao registrar seu maior EBITDA, totalizando R$ 1,2 bilhão. Esse resultado representa um crescimento de 65% em comparação ao mesmo período do ano anterior e supera as expectativas do mercado em 20%.

O sucesso da Auren no trimestre pode ser atribuído a três fatores principais. Primeiramente, a companhia apresentou uma melhoria significativa na performance operacional de seus ativos, tanto nas usinas hidrelétricas quanto nos parques eólicos. Em seguida, a área de comercialização teve um desempenho superior ao esperado. Por fim, a empresa conseguiu integrar sinergias significativas da aquisição da AES.

Nos ativos hidrelétricos, o Generation Scaling Factor (GSF) atingiu 107%, o que significa que a Auren produziu 7% mais energia do que a média esperada para o longo prazo. Por outro lado, os parques eólicos apresentaram uma melhora na taxa de disponibilidade, que foi de 92% no primeiro trimestre, uma alta significativa em relação ao que se registrava no ano passado.

Esse avanço na disponibilidade está vinculado aos esforços de manutenção que a Auren implementou nos ativos da AES, que estavam performando abaixo do esperado na época da compra. Desde então, a Auren tem trabalhado para elevar essa taxa de disponíveis para 90,5% e busca alcançar 95% até o final do ano.

A Auren também capturou R$ 56 milhões em sinergias relacionadas a pessoas, materiais, serviços e operações no trimestre, ampliando o que já havia sido conseguido anteriormente. A empresa agora projeta alcançar R$ 250 milhões em sinergias no primeiro ano após a aquisição, um valor que dobrou em relação à estimativa inicial.

A área de comercialização se destacou com um EBITDA de R$ 165 milhões, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. Desse montante, 36% foi devido a operações que arbitraram preços de energia entre diferentes regiões.

Além do aumento no EBITDA, a Auren conseguiu reduzir sua alavancagem de 5,7 vezes no quarto trimestre para 5 vezes atualmente, mantendo sua dívida líquida em R$ 18,5 bilhões. A meta da empresa é reduzir essa alavancagem para um patamar entre 3 e 3,5 vezes o EBITDA nos próximos anos.

A companhia tem a expectativa de que o crescimento do EBITDA contribua para essa redução no curto prazo, juntamente com a previsão de retornar a um fluxo de caixa livre positivo após a conclusão do investimento no parque eólico Cajuína III, que exigirá um capex de R$ 750 milhões.

A Auren não está considerando uma emissão de ações ou um aumento de capital para acelerar esse processo, de modo a evitar uma diluição de sua base acionária, principalmente considerando a queda no valor das ações desde o anúncio da aquisição.

Recentemente, a empresa ofereceu no mercado uma debênture de R$ 2 bilhões, o que possibilitou o pré-pagamento de 60% do empréstimo-ponte obtido para financiar a compra da AES Brasil. Embora a dívida líquida seja de R$ 18,5 bilhões, apenas 20% dela está atrelada ao CDI, o que protege a companhia contra flutuações de taxa de juros.

Com uma forte geração de caixa e um contrato de venda de energia previsto para os próximos três anos, a Auren está em uma posição clara para gerenciar suas finanças de forma eficiente e manter uma trajetória de crescimento saudável.

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