Revolução no Mercado: Empresa Adquire 10% de seu Capital em Bitcoin e Planeja Expandir Investimentos!

A Méliuz, uma empresa brasileira conhecida por oferecer cashback, anunciou que adquiriu 10% do seu caixa em bitcoin, marcando um passo significativo em sua estratégia de investimento. A companhia destinou aproximadamente US$ 4,1 milhões para a compra de 45,72 bitcoins, com um preço médio de US$ 90.296 por unidade. Com essa movimentação, a Méliuz se destaca como a primeira empresa listada na bolsa brasileira a fazer um investimento desse porte em criptomoedas.

Para acompanhar e avaliar essa nova estratégia, a Méliuz criou um “comitê estratégico de bitcoin”. Este grupo terá a responsabilidade de analisar a viabilidade de expandir o investimento em bitcoin, com a expectativa de que um estudo preliminar seja divulgado ao mercado em um período de 45 a 60 dias. Além disso, o comitê também vai definir as diretrizes e a governança necessárias para as operações envolvendo a criptomoeda.

Israel Salmen, chairman da Méliuz e seu maior acionista, comentou que a decisão de investir em bitcoin se deu pela convicção de que esta criptomoeda representa uma “alternativa mais inteligente” para aplicar os recursos da empresa. Ele enfatizou que a Meta da Méliuz não é negociar bitcoins, mas sim vê-los como uma reserva de valor de longo prazo, sem interesse em vender os ativos adquiridos. Embora Salmen reconheça que essa estratégia possa apresentar riscos, ele acredita que a empresa tem um histórico de assumir riscos calculados desde sua fundação em 2011.

A inspiração para a Méliuz vem da Microstrategy, uma empresa americana que iniciou um investimento significativo em bitcoin em 2020 sob a liderança de seu fundador, Michael Saylor. Naquela época, a iniciativa foi considerada ousada, mas acabou trazendo resultados positivos expressivos, já que a Microstrategy viu seu valor de mercado saltar de US$ 500 milhões para US$ 77 bilhões, acumulando cerca de 499 mil bitcoins em seu portfólio.

Outro caso notável é o da Tesla, que possui 11,5 mil bitcoins, atualmente avaliados em mais de US$ 1 bilhão. O contexto em que a Méliuz faz esse movimento é marcado por um desempenho insatisfatório de suas ações na bolsa. Em seu auge, em 2021, as ações da Méliuz atingiram um volume de negociação de R$ 250 milhões por dia, com a empresa avaliando quase R$ 6 bilhões. Atualmente, o valor de mercado da companhia caiu para cerca de R$ 270 milhões, e o interesse dos analistas pelo papel diminuiu consideravelmente.

Em uma carta aos acionistas, Salmen expressou preocupação com a drástica redução do volume de negociação das ações, que agora se limita a cerca de R$ 4 milhões por dia no mercado à vista. Com essa queda, o interesse dos investidores foi comprometido, e até grandes bancos interromperam a cobertura das ações da empresa.

Salmen também destacou que alocar uma parte significativa do capital em renda fixa poderia parecer uma abordagem prudente, mas acredita que isso representaria um custo de oportunidade significativo. Ele questionou o conceito de risco, apontando que é mais arriscado manter reservas em dinheiro que podem perder valor devido a políticas monetárias expansivas, do que investir em um ativo como o bitcoin, que historicamente apresenta uma valorização significativa.

Com a compra de bitcoins, a Méliuz busca não apenas diversificar seus investimentos, mas também potencialmente recuperar o interesse do mercado em sua ação. A estratégia demonstra uma abordagem inovadora para reintegrar a empresa em um mercado competitivo e volátil, refletindo uma visão de longo prazo que pode surpreender os investidores nos próximos anos.

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