A passagem de Pedro Martins como CEO do Santos chegou ao fim, após seis meses de trabalho. Na última terça-feira, ele decidiu se demitir em uma reunião com o presidente Marcelo Teixeira, frustrado com a falta de autonomia para implementar mudanças que buscavam profissionalizar o clube.
Com isso, o Santos inicia uma nova busca por um profissional que chefiará o Departamento de Futebol, a menos de um mês da abertura da próxima janela de transferências, programada para ocorrer entre 10 de julho e 2 de setembro de 2025. A diretoria enfrentará desafios significativos na escolha do novo líder, especialmente no que diz respeito a convencer o candidato de que sua visão e plano de trabalho poderão ser efetivamente colocados em prática em um ambiente como a Vila Belmiro e o CT Rei Pelé.
Desde o início da temporada, a promessa de uma profissionalização dentro do clube não se concretizou como esperado. O Santos conquistou o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro ao ter Paulo Bracks como CEO e Alexandre Gallo como executivo de futebol. Contudo, com a saída de Bracks, Pedro Martins assumiu ambos os cargos, acumulando responsabilidades que vinham sem um alinhamento preestabelecido com Gallo.
Em sua apresentação, Martins mencionou que seu foco inicial seria a definição do treinador e a avaliação de todo o organograma do clube para 2025, para que novas decisões fossem tomadas. Porém, pouco tempo depois, Gallo foi informado de que não continuaria no clube, o que contribuiu para um ambiente de incerteza.
Embora Bracks tenha sido remanejado para outra função e permanecido no Santos por mais 20 dias, ele também acabou se demitindo após receber uma proposta do Atlético-MG. Em um cenário em que o time estava na zona de rebaixamento do Brasileirão e havia sido eliminado da Copa do Brasil, Martins percebeu que não tinha a autonomia necessária para dar seguimento aos seus planos e decidiu deixar o cargo.
O clube, muitas vezes visto como desorganizado, agora precisa agir rapidamente para encontrar um novo responsável pelo futebol, que terá que enfrentar não apenas a instabilidade interna, mas também questões financeiras sérias. O Santos enfrenta cobranças da FIFA devido a dívidas com contratos de treinadores e jogadores, o que pode resultar em sanções se não forem resolvidas rapidamente.
Em suma, a busca por um novo CEO para o futebol do Santos será crítica para que o clube não apenas recupere sua imagem, mas também para que possa se fortalecer em um cenário que exige profissionalismo e comprometimento.
