
No último sábado, 17 de junho, o São Paulo FC foi um dos 32 clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro a manifestar apoio à candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, atual presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), para a presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Essa campanha ocorre após a saída de Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da entidade, por decisão judicial.
A candidatura de Bastos foi formalizada durante uma reunião virtual que contou com a presença de 39 clubes, com exceção do Palmeiras, que não compareceu. O presidente do São Paulo, Julio Casares, desempenhou um papel crucial na articulação do apoio a Bastos, especialmente como um dos líderes da Comissão Nacional de Clubes.
A decisão de Casares tem um certo aspecto irônico. Recentemente, ele se mostrou defensor de um fortalecimento da posição dos clubes na CBF, ao mesmo tempo em que elogiava a gestão anterior de Rodrigues por ter promovido um maior diálogo com as agremiações. Além disso, a relação entre Casares e Bastos tem se mostrado curiosa, especialmente considerando críticas anteriores do presidente são-paulino a erros de arbitragem que prejudicaram sua equipe.
Durante a reunião de sábado, Bastos se comprometeu a implementar mudanças significativas, como a introdução do voto unitário nas decisões da CBF e a participação obrigatória dos clubes em Assembleias Gerais. Ele também se comprometeu a melhorar aspectos como a arbitragem e o calendário do futebol brasileiro, além de garantir que os clubes tenham maior capacidade de decisão nas questões da confederação.
A eleição para a presidência da CBF está marcada para o dia 25 de junho, na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Até o momento, além de Bastos, Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol, também se apresenta como pré-candidato. Para formalizar uma candidatura, é necessário o apoio de, pelo menos, oito Federações Estaduais e cinco clubes. As inscrições para as chapas poderão ser feitas até terça-feira, dia 20 de junho, às 18h.
Com a proximidade das eleições, o futuro da CBF pode passar por transformações significativas, especialmente se as propostas de Bastos forem bem recebidas pelos clubes e federações ao redor do país. Esta movimentação no cenário do futebol brasileiro promete impactar diretamente a relação entre clubes, federações e a própria confederação federal, apresentando uma oportunidade para um novo modo de gestão e governança no esporte.