Surpresa no Mercado: BCE Reduz Juros em 0,25 Ponto com Inflação Abaixo da Meta!
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou recentemente uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, que agora está em 2%. Essa mudança representa um novo passo em um ciclo de cortes que se iniciou após a taxa ter alcançado 4% em meados de 2023. A decisão do BCE já era esperada pelos analistas, que apontavam uma alta probabilidade para essa redução devido ao arrefecimento da economia e à inflação controlada na zona do euro.
Recentemente, os dados indicaram que a inflação caiu para 1,9% em maio, abaixo da meta de 2% estabelecida pelo BCE. Esse recuo nos preços permitiu que a autoridade monetária iniciasse um processo de flexibilização, visando apoiar a economia da região.
Entretanto, apesar das medidas tomadas, o crescimento econômico continua lento. No primeiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu apenas 0,3%, influenciado por incertezas geopolíticas e consequências decorrentes das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, especialmente nos setores de aço e automóveis.
Nos últimos meses, o BCE já havia diminuído as taxas de juros em oito ocasiões, totalizando uma redução de 2 pontos percentuais desde junho do ano passado. Com a inflação agora alinhada à meta, as atenções se voltam para as futuras direções da política monetária. Os juros estão, atualmente, em uma faixa considerada “neutra”, ou seja, que não estimula nem desacelera o crescimento econômico.
Entretanto, o BCE não forneceu muitos detalhes em seu comunicado, reafirmando que suas decisões serão baseadas nas avaliações das condições econômicas e financeiras. A instituição ressaltou que não está comprometida com uma trajetória fixa para as taxas de juros e que as futuras decisões dependerão das perspectivas de inflação e da eficácia da política monetária.
Futuramente, os investidores já precificam uma possível pausa nas reduções em julho. Algumas autoridades sugerem essa pausa para permitir que o BCE reavalie como as incertezas políticas afetam as projeções econômicas. Argumenta-se que as perspectivas imediatas e de médio prazo para a zona do euro são distintas, exigindo respostas diferenciadas. Embora a inflação possa cair a curto prazo, os aumentos nos gastos governamentais e as barreiras comerciais podem pressionar os preços mais adiante.
Outro fator a se considerar é que a política monetária pode levar de 12 a 18 meses para impactar a economia. Assim, os suportes contínuos podem estar direcionados a uma economia que já não necessita de mais estímulos.
Os investidores ainda consideram a possibilidade de mais um corte na taxa de juros ainda este ano, especialmente caso as tensões comerciais aumentem. O BCE também reconheceu a fraqueza econômica e ajustou suas projeções de inflação para o próximo ano, alertando que as tarifas comerciais já impactam negativamente as atividades e podem ter um efeito duradouro.
A instituição destacou que uma intensificação nas tensões comerciais poderia resultar em crescimento e inflação abaixo do esperado, enquanto uma resolução amigável poderia levar a um cenário mais otimista.
Essa combinação de crescimento lento, preços de energia em queda e uma moeda forte poderá conter as pressões inflacionárias, moldando o futuro econômico da zona do euro.