
Vasco em Crise: Sócios Pedem Retomada da Justiça em Conflito de Interesses!
Cerca de 100 sócios do Vasco se mobilizaram para solicitar esclarecimentos sobre um possível conflito de interesses envolvendo Alan Belaciano, atual presidente da Assembleia Geral. O grupo oficialmente questionou a falta de respostas em relação à atuação de Belaciano nas negociações de dívidas trabalhistas do clube, que se arrastam há 115 dias sem uma posição clara.
O pedido foi formalizado na última sexta-feira, dirigido ao presidente Pedrinho, aos demais dirigentes e ao CEO Carlos Amodeo. Essa ação é um desdobramento de um movimento iniciado em janeiro de 2025, quando associados levantaram preocupações sobre a participação de Belaciano nas negociações com credores durante o processo de recuperação judicial do Vasco.
No início desse processo, o presidente do Conselho Deliberativo, João Riche, havia estabelecido um prazo de 15 dias para que Belaciano prestasse esclarecimentos. Esse prazo foi posteriormente prorrogado por 30 dias, mas até agora não houve resposta.
O novo documento contém assinaturas de sete conselheiros da mesma chapa de Pedrinho, além do ex-médico do clube, Clóvis Munhoz. Os sócios estão pedindo a criação de uma comissão de inquérito que investigue a situação. Entre as solicitações estão esclarecimentos sobre a procuração que autoriza Belaciano a representar o clube e uma “análise comparativa” dos descontos negociados com credores que foram clientes dele anteriormente.
Um associado, José Américo, realizou um levantamento que indica que, se os critérios aplicados em outros casos de recuperação judicial fossem usados, o clube poderia economizar até R$ 144 milhões. O documento enviado pelos sócios cita que Belaciano possivelmente atuou em lados opostos em negociações que envolvem o clube. Isso configuraria um grave conflito de interesses e violaria princípios de lealdade e responsabilidade na gestão do patrimônio do Vasco.
Além disso, foi identificado que Belaciano esteve presente em 80% das audiências de processos trabalhistas de ex-clientes, conforme dados do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. No plano apresentado pelo clube, a economia estimada é de R$ 100 milhões, com um limite de pagamento de R$ 5 milhões aos credores.
Em junho de 2024, Riche instaurou duas comissões de inquérito para investigar a venda da 777 e a gestão anterior do clube, com prazos que se estenderam além do previsto, sem que houvesse qualquer resultado apresentado até o momento.
Atualmente, o plano do clube destina 6% das receitas extraordinárias, como vendas de jogadores, para pagamento das dívidas ao longo de 10 anos, enquanto o plano específico para as dívidas trabalhistas ainda aguarda análise judicial.