
WEG em Queda Livre: Ações Despencam 10% Após Resultados Frustrantes do 1T25! O Que Está Desanimando os Investidores?
Desempenho Financeiro da WEG no Primeiro Trimestre de 2025
A WEG, reconhecida líder na fabricação de motores elétricos e dispositivos eletrônicos industriais, apresentou um lucro líquido de R$ 1,54 bilhão nos primeiros três meses de 2025. Embora este valor represente um crescimento de 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, ele ficou aquém das expectativas do mercado, que esperava um lucro de aproximadamente R$ 1,78 bilhão.
No que diz respeito ao resultado operacional, a empresa reportou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 2,17 bilhões, marcado por uma expansão de 22,8% em relação ao ano passado. Contudo, a margem Ebitda caiu de 22,1% para 21,6%. As ações da WEG reagiram negativamente a esses resultados, caindo cerca de 10,62% e atingindo um valor de R$ 45,11.
Um dos indicadores-chave monitorados pela empresa, o retorno sobre capital investido (Roic), também apresentou um recuo significativo de 5,7 pontos, passando para 33,2%. A companhia atribuiu essa queda à intensificação de investimentos em ativos fixos e intangíveis, além da recente aquisição de negócios, como a compra dos ativos da norte-americana Regal Rexnord, que se tornou o maior negócio pela WEG.
Além disso, análises de mercado apontam para uma possível reação negativa das ações, devido à desaceleração do crescimento da receita e à redução do Ebitda. A WEG apresenta um valuation superior em comparação a outras empresas do setor, sendo negociada a 19,9 vezes o valor da firma (EV)/Ebitda esperado para 2025.
Desempenho e Expectativas
Entre os pontos negativos citados, há uma receita líquida 3% abaixo do esperado, a margem bruta caiu para 32,9% — seu menor nível desde o terceiro trimestre de 2023 — e as despesas administrativas cresceram 37% em relação ao ano anterior. Apesar disso, houve alguns aspectos positivos: a receita doméstica cresceu 14% comparado ao ano passado, superando as projeções.
Analistas destacam que o desempenho abaixo do esperado se deve à compressão das margens e à mudança no mix de produtos, que puxaram para baixo a lucratividade. A valorização do real também afetou tanto a receita quanto a lucratividade internacional da empresa. O Roic menor é um reflexo das aquisições recentes, que ainda estão abaixo da média histórica de retorno da WEG, mas próximas das expectativas para 2025.
Em um cenário macroeconômico incerto, analistas estão atentos às margens e à possibilidade de uma reclassificação das ações. A empresa tem enfrentado pressões relacionadas aos custos de insumos, e um foco crescente nas perspectivas de receitas de geração solar, que tendem a ter margens menores.
Conclusão
Por fim, recomendações de venda têm sido mantidas para as ações da WEG, pois espera-se que o momentum alcance o pico no início de 2025, com uma estabilidade nas margens e desaceleração no crescimento da receita limitando o potencial de valorização. Apesar dos desafios, a WEG continua a ser vista como uma opção sólida para investidores que buscam segurança em um ambiente econômico instável.