
A WTorre está cada vez mais envolvida no setor de construção de estádios de futebol e colhendo os frutos dessa empreitada. O sucesso financeiro do Allianz Parque se intensificou após um acordo com o Palmeiras, que resolveu disputas judiciais que se arrastavam por anos. Além disso, a construtora está avançando nas negociações para reformas na Vila Belmiro e no Morumbi, o que pode posicioná-la como líder no mercado de arenas no Brasil.
Marco Siqueira, presidente da WTorre, destacou a crescente demanda global por modernização de estádios, mencionando exemplos de grandes clubes europeus que transformaram suas arenas em empreendimentos multiuso. Ele comentou sobre o legado da Copa do Mundo no Brasil, enfatizando que muitas das reformulações não conseguiram garantir viabilidade a longo prazo. Para a WTorre, diversificar o uso das arenas é uma estratégia crucial para assegurar sua rentabilidade.
A empresa registrou um crescimento significativo em sua receita: de R$ 124 milhões em 2022, subindo para R$ 199 milhões em 2023, e com a expectativa de alcançar R$ 241 milhões em 2024. Esse crescimento é impulsionado por um aumento no número de eventos, vendas de camarotes e uma valorização das cotas de patrocínio. Em 2025, a expectativa é de que a receita atinja quase R$ 300 milhões.
Os acordos firmados com o Palmeiras foram determinantes para esse progresso. O contrato resultou em um valor de crédito de R$ 117 milhões para o clube, com parte já paga e o restante a ser cumprido mediante direitos de exploração no estádio. A WTorre poderá agora comercializar o número total de 10 mil cadeiras, um avanço importante em relação a limitações anteriores.
A nova harmonia na gestão do Allianz Parque promete acabar com conflitos de agenda para jogos e shows, garantindo mais segurança para produtores e patrocinadores. Isso pode resultar em um aumento no número de eventos realizados no local, valorizando ainda mais o estádio.
Outra negociação relevante é com o Santos, na qual a WTorre busca modernizar a Vila Belmiro com um investimento previsto de R$ 700 milhões. Esta nova arena deve acomodar até 30 mil torcedores, oferecendo mais estrutura e conforto. O projeto já possui um plano de negócios definido e depende do cumprimento de metas de vendas.
Por sua vez, o projeto de reforma do Morumbi, que ainda está em fase de negociação, pode custar cerca de R$ 1,5 bilhão. A modernização incluirá mais assentos e melhorias na infraestrutura, como cobertura e novas opções de serviços, almejando potencializar a exploração comercial do espaço.
Siqueira acredita que há tempo suficiente para concretizar essas reformas até 2030, quando o São Paulo celebrará seu centenário. Um novo estádio pode ser crucial para aumentar as receitas do clube, agregando valor e criando novas oportunidades.
A WTorre está atenta às demandas do mercado e tem um futuro promissor, com projetos que visam não apenas a modernização dos estádios, mas também a maximização do uso e da rentabilidade, favorecendo o desenvolvimento do futebol e do entretenimento no Brasil.