Zelenski Solicita Encontro Exclusivo com Lula na Cúpula do G7: O Que Está em Jogo?

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, solicitou uma reunião bilateral com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cúpula do G7 que acontecerá no Canadá. Os dois líderes foram convidados para o evento, que ocorrerá de 15 a 17 de outubro, na província de Alberta, especificamente em Kananaskis. O G7 é composto por países como Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Itália e Canadá, além da participação da União Europeia.

Lula está programado para participar de uma sessão ampliada da reunião, que incluirá uma seleção de países não pertencentes ao G7, como África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México.

O pedido de Zelenski para se encontrar com Lula surgiu nos últimos dias. Entretanto, membros do governo brasileiro indicaram que ainda não podiam confirmar os detalhes desse encontro, uma vez que Lula ainda não havia garantido sua presença na cúpula. Em conversa telefônica com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, na manhã do dia 11, Lula confirmou que viajaria para o G7 e também aproveitou a oportunidade para convidar Carney para a COP30, uma importante reunião climática que ocorrerá em novembro em Belém.

Se a reunião com Zelenski se concretizar, será a segunda vez que os dois presidentes se encontram. O primeiro encontro ocorreu em setembro de 2023, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, após um desentendimento que impediu a realização de uma conversa prevista na cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, em maio do mesmo ano. Naquela ocasião, ambos os líderes trocaram acusações sobre a falta de comparecimento à reunião agendada.

Lula, que assumiu a presidência em 2023, expressou uma vontade de atuar como mediador no conflito entre Rússia e Ucrânia, que teve início com a invasão russa em 2022. Nos meses iniciais de seu governo, algumas de suas declarações foram consideradas favoráveis à Rússia, o que gerou críticas de várias nações ocidentais.

Com o passar do tempo, o assessor internacional de Lula, Celso Amorim, estabeleceu uma parceria com a China para um plano de negociação de paz na Ucrânia, mas essa proposta foi rejeitada por Zelenski, que expressou preocupações sobre o papel de ambos os países em potencializar os interesses do Kremlin.

Neste ano, Lula retomou sua atuação em relação ao conflito. Após participar das celebrações do 80º aniversário da vitória russa na Segunda Guerra Mundial, Lula pediu a Vladimir Putin, em uma conversa telefônica, que fosse a Istambul para negociações sobre um cessar-fogo. Embora reuniões tenham ocorrido na Turquia, nem Putin nem Zelenski estiveram presentes.

Lula comentou sobre a importância da presença de Putin em tais encontros, sugerindo que isso demonstraria um compromisso com a paz. Ele lamentou que Putin não compareceu e expressou a crença de que um acordo sobre o conflito poderia ser alcançado, apesar das complexidades envolvidas.

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